O tempo andou mexendo com a gente...
sexta-feira, 28 de julho de 2023
quarta-feira, 10 de junho de 2020
The heart is a lonely hunter by Carson McCullers
"I'm a stranger in a strange land.'"
"He was like a man who had served a term in prison or had been to Harvard College or had lived for a long time with foreigners in South America. He was like a person who had been somewhere that other people are not likely to go or had done something that others are not apt to do."
"She wanted to sing. All the songs she knew pushed up toward her throat, but there was no sound."
segunda-feira, 23 de dezembro de 2019
Homens imprudentemente poéticos - Valter Hugo Mãe
Um livro sobre intolerância e a beleza que media a experiência com o transcendental. Um significado para a vida que vai além do trabalho e do esforço. Seria a beleza uma espécie de universal? Tenho me feito esta pergunta frequentemente. Quem nunca experimentou um momento de enlevo resultante do contato com o belo. Uma elevação do espírito ao contemplar um jardim, durante uma visita a uma imensa catedral, o trabalho inspirado de um artística. Me parece que todos nós temos uma conceituação (simples ou de elevada complexidade) para descrever o que é o belo. Por que certas coisas nos inspiram sentimentos de transcendência e outras coisas não?
Além disso, por que só conseguimos ver a morte? O desespero se alastra por todos os lados, por todas as artes. A mim, me parece que a a arte do Século XX se preocupou excessivamente em retratar o desamparo da experiência da existência humana. O belo foi esquecido. O que se iniciou na filosofia foi vagamente se alastrado por toda a parte e hoje está na música, no cinema ou na televisão. O homem não enxerga mais a beleza ao seu redor. Não se reconhece mais como uma expressão de ordem, propósito e beleza, mas se percebe apenas como o que é natural e sem propósito, evolutivo e decorrente do aleatório. E por não se reconhecer no próximo, se refugia na intolerância e no ressentimento.
Mas há também aqui uma contradição. Mais do que não reconhecer esta imagem, há muito esforço em apenas padronizá-lo. Numa espécie de epidemia narcisística, se multiplica a intolerância contra o diferente e contraditório, se multiplicam a busca por "espaços seguros", a necessidade do coro das afirmações. O diferente (ou a beleza que há além do exótico, inesperado ou mesmo do paradoxo) é temido e rechaçado. Queremos mais do mesmo. Mais de nós mesmos.
"Aos aldeões, o oleiro declarou: quero mostrar o amor, lamento que só vejam a morte." - Valter Hugo Mãe.
domingo, 17 de novembro de 2019
Sivuca
(...)
O cercado é de toco e o arado é de pedra e pó
Um cavalo novilho e um filho que vai chegar
Sei lá...
Tem cabelo de milho o brilho do sol no olhar
Sei lá...
Dava um lago pra beber e o chão virava neve de tanto algodão
Filho pra criar, crescer e o gosto de rever moringa na janela
Tanto milho pra colher de nunca mais se ver o fundo da panela"
segunda-feira, 4 de novembro de 2019
Como devíamos ouvir ?
domingo, 11 de fevereiro de 2018
Inspiratio
Armadilha, altares e credibilidade.
quarta-feira, 10 de janeiro de 2018
A beleza da verdade e a verdade da beleza
Como podem as pessoas viver como se não tivesse espaço neste mundo bonito, sob este céu estrelado e imensurável?
Como é possível, em meio a essa natureza fascinante, persistir na alma do homem o sentimento de rancor, de vingança ou a paixão de aniquilar seus semelhantes? Parece que tudo de ruim no coração do homem deveria desaparecer em contato com a natureza - essa expressão da beleza e do bem.
Liev Tolstoi in Contos
terça-feira, 9 de janeiro de 2018
Sobre amizades
"Não creio que é possível amar a Deus e não ter amigos; mas em ter vínculos, afetos e amizades que evidenciam um real compromisso com Deus"
Osmar Luvodico in Inspiratio
quinta-feira, 28 de setembro de 2017
O passado que vive dentro de nós
Existe um passado que vive dentro de mim. Uma miragem de palavras, gestos e angústias. Uma miríade de momentos inesquecíveis. São tantos rostos, tantos sorrisos, tantas lágrimas e tantas despedidas que se fundem no calor intermitende desta fornalhada avermelhada, a memória, o consciente e o inconsequente. Ali são forjadas as armas da nossa autodefesa, o precioso escudo das angústias e das dores. A morte lenta que se destila na saudades de não mais viver, no segredo de não mais existir, de não mais haver. E meus amigos cadê ? Minhas alegrias e meus cansaços ? Eram paradas de ônibus, e o soar de alarmes que anunciavam o fim do intervalo (ou do recreio). Eram segredos que se contavam ao pé do ouvido, na certeza enganosa de não se propagarem. Era o desejo de ser grande, de ser outro alguém, da liberdade, e da responsabilidade inerente. Eram as tardes de domingo, em seu sofrego andamento. Eram os sonhos. Os sonhos abandonados pela ânsia de crescer, de ser livre. Somos livres ? Não se sabe ao certo como tudo começou, mas estão lá guardados, entre miragens e visões, entre delírios e angústias, o eterno brilho de uma mente com muitas memórias. Translúcidas, pungentes, vagas e melancólicas lembranças.