segunda-feira, 25 de setembro de 2017
Antífona - Cruz e Sousa
Depois que tirei esta fotografia (cuja a qualidade aqui no blogger deixa a desejar, não sei o que acontece quando faço o upload das imagens que elas perdem tanta qualidade), lembrei-me de um trecho do poema Antífona, do Cruz e Sousa.
Ó Formas alvas, brancas, Formas claras
De luares, de neves, de neblinas!...
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas...
Incensos dos turíbulos das aras...
Formas do Amor, constelarmente puras,
De Virgens e de Santas vaporosas...
Brilhos errantes, mádidas frescuras
E dolências de lírios e de rosas...
Indefiníveis músicas supremas,
Harmonias da Cor e do Perfume...
Horas do Ocaso, trêmulas, extremas,
Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume...
Visões, salmos e cânticos serenos,
Surdinas de órgãos flébeis, soluçantes...
Dormências de volúpicos venenos
Sutis e suaves, mórbidos, radiantes...
P.s. Há tempos procuro uma edição de Missal e Broquéis para comprar e não encontro...
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