Nada a temer
Senão o correr da luta
Nada a fazer
Senão esquecer o medo
Abrir o peito à força
Numa procura
Fugir às armadilhas da meta escura
Longe se vai sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir o que me faz sentir
Eu, caçador de mim
Foi assim que escreveram Luiz Carlos Sá e Sergio Magrão. Acho que todos vivem a busca e expectativa de se encontrarem. Descobri quem realmente somos. Nesta multifacetada revelação que há em nós, nos deparamos com muitos eu's, de muitas habilidade e inabilidades, também. Quando penso nisso, sempre me lembro da multiforme graça de Deus, que se revela em cores, tamanhos, texturas, geometrias, sabores, tons e subtons, quialteras e colcheias, em prosa e verso, em canto e silêncio.
Eu, caçador de mim, "nestes dias tão estranhos", em que "a poeira se enconde pelos cantos", a gente se pergunta: o que somos ? o que queremos ser? Enquanto não houver espaço para a pergunta, dificilmente se encontrará a resposta. Enquanto se deixa a vida nos levar, nunca conheceremos este multifacetado eu. Por isso, endosso as palavras de Lenine: "
Não deixo a vida me levar
Levo o que vale do viver
Um sorriso pleno, um amor sereno
E tudo o que o tempo me der
A vida é pra se louvar
Pra se louvar a vida é
Vem o que vier, vale o que valer
Vale o que valer, vem o que vier
Um caminho raro, um coração claro
Por todo o tempo que houver
Leva, valer, louvar, haver
Viver se houver valor a vida
Não deixo a vida me levar
Quem leva a vida sou eu
Não deixo a vida me levar
Não deixo a vida me levar
Quem leva a vida sou eu
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