quarta-feira, 23 de março de 2011

Sem Direção

Sempre me pego pensando sobre o tempo. O tempo que se foi e que não volta mais. As vezes sinto falta da infância e do tempo em que um ano parecia uma eternidade de partidas de futebol e lições de casa.

Hoje sempre me pego perguntando como é minha relação com o tempo. O precioso tempo que gasto no trabalho ou fazendo mil outras coisas. As vezes penso que se tivesse um pouco mais de talento e de coragem eu ousaria viver uma vida diferente. Com menos contas a pagar e prazos a cumprir e mais liberdade. Liberdade para viver a vida como deveria ser. Talvez eu tenha uma queda pela visão romantista do "bom selvagem". O fato é que sinto que esta vida de cidade grande sufoca a mente e a alma, o espírito se aflinge diante desta corrida desenfreada que parece não nos levar a lugar nenhum... É vaidade de vaidades, névoa de nada...É o ciclo da vida que se repete, ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais...

Quando me pego com estes pensamentos, sempre me lembro desta canção do Gerson Borges chamada "sem direção". "Para onde corre o relogio? A cidade? a vida? Agente sempre anda irritado poruqe perdeu a hora, e perdeu o sabado ou perdeu o inicio de um filme que mal começou, e perdeu a viagem e perdeu dinheiro, mas pra falar a verdade, o que perdeu primeiro?"

Nenhum comentário:

Postar um comentário